quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O sheik


Quando olhei para esta foto decidi que vos ia contar a história que começou no ano passado e dura até aos dias de hoje. Se o que aconteceu foi um acaso ou se se chama destino, não sei. Mas, aconteceu e nada apontava para isso. 

Certo noite, não sei porquê fui dar uma volta ao quarteirão perto de onde vivo. No caminho para casa, ao fundo da rua vinha um rapaz de carapuço e com um cão. Não liguei muito até que se aproximaram e vi que era um cão de porte grande, um pastor alemão. Como sou apaixonada por cães, assobiei e perguntei se ferrava, concentrei-me no que estava a fazer porque ainda não tinha olhado bem para a cara do dito rapaz. 
Eis que o faço e achei-o imensamente bonito. Não imensamente lindo! Mas, com uns traços leves, olhos pequenos e um pouco rasgados e um sorriso... Um click! Ficamos cerca de 15 minutos no passeio a falar do cão e assim e sem sequer sabermos o nome um do outro concordamos em ir dar uma volta maior e juntos. Não fixei a data porque não saberia que hoje ia ser importante e bonito.

Nessa volta, perguntamos o nome um ao outro, falamos de imensa coisa e na despedida pediu-me o número. Dei-lhe. Sem qualquer receio. Começamos com uns encontros furtivos num pátio de umas traseiras de um prédio «o nosso sítio», para fumar e falar, para me pedir vezes e vezes sem conta um beijo e recusar. Até que num encontro consegui-o roubar-me um beijo e cai em tentação. Os encontros continuaram e os beijos aumentavam. Depois, os ciumes dele. Depois, a frequência com que recebia uma mensagem dele. Depois, uma confidência a dizer que tinha saudades minhas. Depois, fui a casa dele e tive a noite mais simples e sentida do mundo. Depois, as noites aumentaram. Os beijos aumentaram. Tudo aumentou. Depois, um segredo ao ouvido em que me diz «tu és tu» durante a noite, no nosso sítio. 

E, cada vez que estas proezas aconteciam reflectia e ia de consciência tranquila para casa. Pensava imenso nos prós e nos contras mas sempre tive a certeza que não me arrependo de um único segundo. Quer fica-se com ele, quer não. Acabei por tomar a decisão de que queria assumir o que tínhamos. Seja o que for que tivéssemos. 

Falei com ele e a maior das minhas surpresas foi perceber que queria isto à muito mais tempo do que eu. Foi difícil darmos o passo porque senti pela primeira vez que um homem também sente medo em gostar. E, que não é por não se expressar tão bem que deixa de o fazer. Que uma mulher ás vezes tem que ser a consciência. Acho que se não lhe dissesse que queria ficar com ele que nunca teria arriscado porque não acreditava que miúdas como eu, existissem. Sei lá. Miúdas com valores, projectos. Tive que ser eu a dar muitos primeiros passos. Quem não arrisca, não petisca.

Estamos assumidos ao Mundo e arredores à mais ou menos três meses - nós não temos datas - mas muitoooo lá para trás tem imensa linha escrita. E, foi melhor assim. Sei que o conheço como a palma da minha mão. 

Pois é, conheci o Sr. Chinoca assim... deste jeito. Por causa do cão dele que se chama Sheik e é simplesmente lindo. E, assim tenho mais lugares no meu espaço: um para ti, baby, que me fazes feliz, outro para quem ajudou à festa, o Sheik! 

5 comentários:

  1. Oooh! Conheceram-se de uma maneira super fofa! :) foi à filme e tudo :p

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  2. Adorei a história principalmente porque começou por causa do cão :)

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  3. Que historia linda!
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