quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Se não gostasse tanto de ti...



Se não gostasse tanto de ti, puta que pareu. Antes de te dizer isto já te dei o ultimo beijo da noite, viro-te as costas e tu gritas do outro lado da rua - até amanhã, mor! - A mim não me restam dúvidas de que estou apaixonada e que sou uma apaixonada. Que enquanto te chamo chinas, és meu. E, sempre que me olhares com esse olhar de rufia e esguio que todo o teu brilho se deposita em mim. Nas despedidas sempre que me agarres para me dar um beijo que na tua mente dure uma eternidade e mesmo que te recuse esse beijo, que corras, como naquele dia em que a minha psique entrou em guerra contigo e que me apanhes. Mesmo que não tenha asas que sejas capaz de saltar por mim. Mesmo que implique que depois de saltares, nunca mais saltarás. Sinto que serias capaz. Sou-(te) capaz. A sério que me sabe a doce ser tua. Ás vezes, um montão tua. Noutras vezes, um bocadinho tua. Noutras, não quero nada contigo. Ainda que não me berres ao ouvido. Que me chames a razão. Que me deixes partir a louça toda e que depois me agarres quando choro desalmadamente como naquela noite. Todos os segundos tenho saudades de dormir encostada a ti, nua, em segurança. Olho pro caralho da parede branca do nosso quarto mas consigo imaginar um mundo de um tamanho que nem cabe nas vistas, acreditas? Gosto do teu calor. Forte e aceso. Como todo o calor deve ser porque noites frias e fodidas também existem até para os apaixonados. Gosto de ti. Se é isto que é estar apaixonada, então, gosto. Apenas isso. Porque gostar, desta forma pura e sensível, é bom, o ameno, o suficiente. E, todo o sentimento que sempre te direi baixinho ao ouvido é gosto de ti.

Por: Ace in EXCITA-ME 

3 comentários: